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Somos nós, a dona e os bichos, todos possuídos. Cada um à sua fantástica e extravagante maneira :) O cão é Tomás, o gato Matias, o pato é Luís e a dona Ameixa Maria.
Fez uma semana que eu e o Matias nos mudamos de malas e bagagens - pronto, foi mais sacos e caixas - para outra casa. Vá, confesso, é só um quarto com uma cama, mas é um quarto grande nos fundos de uma garagem e dá para nós dois, por enquanto :)
Não é fácil, não, mas há alturas da vida em que temos que aproveitar as oportunidades que a vida nos dá e, se te colocam porta fora, o melhor é passares a porta de saída e orar pelo melhor! Nunca deixaria o Matias para trás, ele é a minha mais fiel companhia. Tive receio que, entre tanto stress e ansiedade de mudar de casa em 3 horas, ele fosse ficar desorientado e ter algum ataquezinho. Mas, tem aguentado firme e forte. Pode ser que a mudança de ambiente lhe faça bem. Às vezes é preciso as coisas piorarem para melhorarem logo a seguir. A minha esperança e confiança é mesmo essa :) Até lá, estamos bem, dentro dos possíveis!
Boa semana a todos!
Tchhh, já lá vai quase um ano desde que cá pus as patas :)
Sinal que está tudo mais ou menos bem... até hoje!
O bicho mais esquisito é o Matias, o gato possuído. Ontem fez das suas. Na madrugada de Sábado para Domingo teve três ataques, três! Ora, dois ainda está dentro do normal, mas três já é um exagero. Pior ainda, sinal de que algo estava mesmo errado, é que os ataques não foram acompanhados da tão e sempre aguardada... mijadela. Nada! Umas pinguinhas só, no primeiro ataque. O segundo e o terceiro já foi tipo pólvora seca... rien de rien!
Ora, como isto lhe dá mais à noite, eu, que estava toda ensonada, fiquei contente de não ter que limpar xixi aquela hora. Abençoado gato! Mas ontem ao fim do dia, noto que o bicho se demora muito na caixa de areia. Ali, arriado, em posição manhosa, minutos e minutos que passam e ele não sai dali. Cansa-se e enche o chão de areia, tal é o entre e sai da caixa. Limpa Ameixa Maria, limpa. E lambe-se, nas partes íntimas, lambe-se o bicho. É Domingo, mas amanhã já marchas até ao veterinário - pensava eu. E lá fomos. Ele ficou internado, está com a uretra obstruída. Quando a veterinária o apertou para ver se realmente precisava de ser algaliado, ele vomitou... a modos como que a mostrar o descontentamento do apertanço!
Ficou lá com aquele ar de não me toques que eu desenvolvo já aqui um ataque! E eu ri, que é o que faço melhor. Ele está em boas mãos, chorar para quê!? Já chorei tanto no primeiro ano de vida deste bicho e ele continua firme e forte. É só mais uma passagem para contar... amanhã dou notícias. Vou visitá-lo e levar o Pexion, que a doutora não tem os comprimidos todos deste meu animal :)
Os últimos dias têm sido de chuva, acompanhados de trovoada. O Matias, também decidiu descarregar electricidade e, no inicio da semana, teve dois ataques no mesmo dia. Um às 7 da manhã e outro ao fim da tarde.
Hoje, por volta das 6 da manhã, ouvi um barulho estranho, levantei-me de repente achando que era o Matias a ter novo ataque mas, ele estava a olhar para mim como quem pensasse: "olha esta, será que está a ter um ataque? Levantou-se tão freneticamente que até me acordou!". O Matias não era, e eu continuava a ouvir barulhos, qualquer coisa a estalar, mas não soava a trovoada. Acendi o candeeiro e a luz tremelicou e, por fim, foi-se abaixo. As portadas da janela deixavam passar umas luzernas esquisitas. Decidi abrir a porta da rua e deparo-me com o poste da luz a arder. Começei logo a fazer filmes e a imaginar os cabos de tensão a cair mesmo no nosso pátio. Olhei para o Tomás e chamei-o para vir para o meu quarto, mas o bicho não quis, só entra nos momentos mais inoportunos. Eis que, no meio da confusão, o Matias sai para o pátio, e eu já imaginava os dois bichos eletrocutados, de órbitas de fora, pêlo chamuscado, quase bichos embalsamados :/
Dei a correr atrás do Matias, mas ele achou que era uma brincadeira e deu a correr à minha frente. Ninguém diria que quase pede licença a uma pata para fazer avançar a outra; acordou cheio de energia hoje de manhã :)
Pronto, salvamo-nos todos, os técnicos chegaram pouco depois e eu deitei-me outra vez, já com o Matias são e salvo.
Esta aldeia dava um filme de terror! Esqueci-me de tirar uma foto ao poste a arder, mas quem se lembra disso quando se anda de pijama fora de casa a correr atrás de um gato?
... um pato.
O Luísinho morreu hoje, primeiro dia de Primavera, quase a completar 6 anos de idade.
Tão inesperada foi a sua chegada, como foi a sua partida. O que lhe aconteceu?
Não sei, ontem estava bem, hoje estava morto. A vida é assim. Espero que tenha sido um pato feliz.
Tinhamos imaginado quanto tempo levaria para o Matias ter ataques, depois de lhe retirarmos as luminaletas.
Durou mais ou menos uma semana, até ter uma série de ataques na madrugada de Sábado para Domingo.
Foram 7 ou 8 ataques de enfiada, com direito a muito xixi e baba. Telefonei ao veterinário que disse que era melhor ir a uma farmácia para comprar stesolid e enfiar-lhe pelo rabo acima :)
A farmácia de serviço não tinha o medicamento - sempre fui uma miúda cheia de sorte na vida - e o Matias, finalmente, decidiu acalmar.
Aterrou completamente, ao ponto de eu achar que tinha morrido, mas era visível que os pulmões estavam a funcionar. Dormiu até às 7:30 da manhã, quando teve mais uma ligeira convulsão.
Retomamos as luminaletas, para ver se o bicho acalma. Acho que dormiu o Domingo todo, ficou super cansado.
Não deu mais sinais de ataquezinhos.
Eu é que fico com o meu sistema nervoso todo descontrolado. Ter que o segurar de cócoras quase 1 hora, vê-lo a espernear, babar-se e mijar-se sem eu conseguir fazer nada para ajudar, e acordar às 4 da matina sem conseguir voltar a pregar olho até de manhã... é dose! Juro que ainda me dá uma coisinha má antes do Matias decidir bater a bota de vez :)
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