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Somos nós, a dona e os bichos, todos possuídos. Cada um à sua fantástica e extravagante maneira :) O cão é Tomás, o gato Matias, o pato é Luís e a dona Ameixa Maria.
Fez uma semana que eu e o Matias nos mudamos de malas e bagagens - pronto, foi mais sacos e caixas - para outra casa. Vá, confesso, é só um quarto com uma cama, mas é um quarto grande nos fundos de uma garagem e dá para nós dois, por enquanto :)
Não é fácil, não, mas há alturas da vida em que temos que aproveitar as oportunidades que a vida nos dá e, se te colocam porta fora, o melhor é passares a porta de saída e orar pelo melhor! Nunca deixaria o Matias para trás, ele é a minha mais fiel companhia. Tive receio que, entre tanto stress e ansiedade de mudar de casa em 3 horas, ele fosse ficar desorientado e ter algum ataquezinho. Mas, tem aguentado firme e forte. Pode ser que a mudança de ambiente lhe faça bem. Às vezes é preciso as coisas piorarem para melhorarem logo a seguir. A minha esperança e confiança é mesmo essa :) Até lá, estamos bem, dentro dos possíveis!
Boa semana a todos!
Desde há uma semana que o Matias decidiu passar os dias lá fora, deitado na espreguiçadeira. Nunca foi gato de estar sozinho, andou sempre atrás de mim, tal qual uma sombra :)
Achava normal que quisesse estar lá fora nos dias de sol, porque o inverno tem sido frio e, qualquer luzerna mais morna, sabe bem. Mas não, o Matias tem passado estes dias frios e de chuva lá fora, como se estivesse a apanhar grandes banhos de sol e como se fosse muito confortável. Os gatos adoram quente e, este comportamento, é muito estranho. Ele só entra em casa ao fim da tarde.
Fui ver a correspondência humana da idade de gatos e, fazendo as contas, o Matias tem quase 7 anos, fá-los em Abril. Isso corresponde à idade humana de 44 anos.
Até pensei que correspondesse à fase da adolescência, quando começamos a ficar mais sós, mais introvertidos, sem vontade de aturar ninguém. Mas não! Agora entendi tudo, com 44 anos o Matias está com uma crise de meia idade :) E nos machos, isso é do caraças! Ai a andropausa Matias... ou gatopausa, sei lá.
Fui, como de costume, dar de comer ao Tomás, o meu cão idoso :)
Desde que mudamos para esta casa - em Outubro do ano passado - que ele dorme no que chamamos de barraco, porque é onde guardamos a lenha. Ora, o barraco tem uma janela que eu fechei por estar a chover, mas a janela estava aberta. O barraco não tem lâmpada e, sempre que lá vou à noite, só levo a lanterna do telemóvel comigo. Com pena do bicho fechei a janela, e eis que começo a ouvir barulhos esquisitos, achei que era o cão mas o barulho era diferente. Aaaaaii que é um rato! Querem lá ver que o bichinho anda aqui de volta dos meus pés? Aponto a lanterna para o chão mas só vejo o cão de volta de mim. Eis que esvoaça qualquer coisa à minha frente. Cristo, qué isto!? Algo pára na beirada da janela - que está fechada - e eu, incrédula, fico a olhar para o bichinho lindo. É um passarinho, um que nunca tinha visto, pequenino, com penas brancas e pretas e umas patinhas negras esguias.
E agora Maria Ameixa? Que raio vais fazer? O primeiro pensamento é apanhá-lo e aponto-lhe a lanterna prás vistinhas, que é para o bicho ficar ofuscado e não desatar a esvoaçar. Resulta e consigo apanhá-lo :) Que lindo e tão sossegadinho. Mas que é que vou fazer ao bichinho? Será que tem alguma asinha partida? Levo-o para dentro de casa? Não posso que está lá o Matias. O gato é meio drogado mas assim que vê algo a mexer, ele acorda para a vida e fica doido :)
Levei-o para o anexo, só para ver se o bicho voa ou se precisa de cuidados.
Fecho a porta do anexo e pouso o bichinho na palma da minha mão, ele fica assim por uns segundos e, depois, esvoaça por tudo quanto é lado e bate contra as coisas. Oh céus! Afinal o bicho voa e eu abro-lhe a porta e lá foi ele... empurrado pela chuva persistente. Só espero que encontre o seu caminho e seja feliz.
Não posso deixar de pensar se me veio dar algum alento, esperança de receber boas novas ;)
Enquanto esperava por visitar o Matias na quarta-feira, escrevi no telemóvel algo que me passava pela cabeça, e que consta nisto:
"Estou aqui a pensar nas porcarias que as pessoas me dizem e no quanto sou feliz com os animais!"
Mesmo que esses ditos animais me dêm uma trabalheira do caraças.
Há pessoínhas que são bem piores que bichos!
Ontem fui visitar o Matias e, depois, não me consegui orientar para dar notícias.
Cheguei lá e ele estava com aquele focinho de "estás a olhar para mim porquê? não te conheço de lado nenhum!"
Já algaliado e debaixo dos cobertores, só faltava um sinal a dizer "Please do not disturb!"
Eu, que não tenho paciência para birras, tirei-o debaixo dos cobertores, enfiei-lhe o Pexion pela goela abaixo e ele começa numa cena que durou todo o tempo que lá estive. Foi um tal lamber de algália que eu enjoei. Lambeu, lambeu, lambeu e continuou a lamber.
Hoje a veterinária disse que, mal me fui embora ontem, ela colocou-lhe o "funil da vergonha", porém, ele conseguiu - sabe-se lá bem como! - arrancar a algália mesmo com o funil colocado. É o meu orgulho, este gato!
Agora veio para casa mas não está a 100%. Já consegue fazer xixi, mas da maneira que arrancou a algália deve ter aquela pilinha toda esgaçada e deve doer. Bem feita!
Está a tomar antibiótico. Sexta-feira voltamos ao veterinário para ver como está isto. Segundo a doutora, era muita pedra a entupir a uretra.
Estou a preparar-me para os ataques que ele vai ter. Já sei que, depois de tanto stress e da estadia fora de casa, vai haver festa :)
Eu mereço!
Beijos
Tchhh, já lá vai quase um ano desde que cá pus as patas :)
Sinal que está tudo mais ou menos bem... até hoje!
O bicho mais esquisito é o Matias, o gato possuído. Ontem fez das suas. Na madrugada de Sábado para Domingo teve três ataques, três! Ora, dois ainda está dentro do normal, mas três já é um exagero. Pior ainda, sinal de que algo estava mesmo errado, é que os ataques não foram acompanhados da tão e sempre aguardada... mijadela. Nada! Umas pinguinhas só, no primeiro ataque. O segundo e o terceiro já foi tipo pólvora seca... rien de rien!
Ora, como isto lhe dá mais à noite, eu, que estava toda ensonada, fiquei contente de não ter que limpar xixi aquela hora. Abençoado gato! Mas ontem ao fim do dia, noto que o bicho se demora muito na caixa de areia. Ali, arriado, em posição manhosa, minutos e minutos que passam e ele não sai dali. Cansa-se e enche o chão de areia, tal é o entre e sai da caixa. Limpa Ameixa Maria, limpa. E lambe-se, nas partes íntimas, lambe-se o bicho. É Domingo, mas amanhã já marchas até ao veterinário - pensava eu. E lá fomos. Ele ficou internado, está com a uretra obstruída. Quando a veterinária o apertou para ver se realmente precisava de ser algaliado, ele vomitou... a modos como que a mostrar o descontentamento do apertanço!
Ficou lá com aquele ar de não me toques que eu desenvolvo já aqui um ataque! E eu ri, que é o que faço melhor. Ele está em boas mãos, chorar para quê!? Já chorei tanto no primeiro ano de vida deste bicho e ele continua firme e forte. É só mais uma passagem para contar... amanhã dou notícias. Vou visitá-lo e levar o Pexion, que a doutora não tem os comprimidos todos deste meu animal :)
Os últimos dias têm sido de chuva, acompanhados de trovoada. O Matias, também decidiu descarregar electricidade e, no inicio da semana, teve dois ataques no mesmo dia. Um às 7 da manhã e outro ao fim da tarde.
Hoje, por volta das 6 da manhã, ouvi um barulho estranho, levantei-me de repente achando que era o Matias a ter novo ataque mas, ele estava a olhar para mim como quem pensasse: "olha esta, será que está a ter um ataque? Levantou-se tão freneticamente que até me acordou!". O Matias não era, e eu continuava a ouvir barulhos, qualquer coisa a estalar, mas não soava a trovoada. Acendi o candeeiro e a luz tremelicou e, por fim, foi-se abaixo. As portadas da janela deixavam passar umas luzernas esquisitas. Decidi abrir a porta da rua e deparo-me com o poste da luz a arder. Começei logo a fazer filmes e a imaginar os cabos de tensão a cair mesmo no nosso pátio. Olhei para o Tomás e chamei-o para vir para o meu quarto, mas o bicho não quis, só entra nos momentos mais inoportunos. Eis que, no meio da confusão, o Matias sai para o pátio, e eu já imaginava os dois bichos eletrocutados, de órbitas de fora, pêlo chamuscado, quase bichos embalsamados :/
Dei a correr atrás do Matias, mas ele achou que era uma brincadeira e deu a correr à minha frente. Ninguém diria que quase pede licença a uma pata para fazer avançar a outra; acordou cheio de energia hoje de manhã :)
Pronto, salvamo-nos todos, os técnicos chegaram pouco depois e eu deitei-me outra vez, já com o Matias são e salvo.
Esta aldeia dava um filme de terror! Esqueci-me de tirar uma foto ao poste a arder, mas quem se lembra disso quando se anda de pijama fora de casa a correr atrás de um gato?
... um pato.
O Luísinho morreu hoje, primeiro dia de Primavera, quase a completar 6 anos de idade.
Tão inesperada foi a sua chegada, como foi a sua partida. O que lhe aconteceu?
Não sei, ontem estava bem, hoje estava morto. A vida é assim. Espero que tenha sido um pato feliz.
Tirada a gaveta da arca congeladora para limpar, eis que entra logo um intruso :) Ainda pensei congelá-lo, de forma a conservar este espécime raro, e esperar pelo próximo degelo, mas achei arriscado.
Passadas umas horas, durante a madrugada, teve o primeiro ataque epilético, seguido do segundo.
Depois sossegou. Está fino! É um sobrevivente este bicho.
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